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Canais de Comunicação: Auditivo, Cinestésico e Visual

 

A comunicação é entendida como uma transmissão de mensagens de uma pessoa a outra, uma interação, que se dá por vias verbais e não verbais. Falamos por meio de palavras, mas também com o timbre de voz utilizado para proferir estas palavras, falamos com os olhos, com a cabeça, com as mãos, braços, posturas, enfim, falamos com toda manifestação corporal. Os precursores da Programação Neurolinguística (PNL), Richard Bandler e John Grinder, constataram por via de seus experimentos, que existem três maneiras de se comunicar e de perceber o mundo, são elas: auditiva, cinestésica e visual. Apensar de todos os três canais se fazerem presente em uma pessoa, um deles sempre será predominante e conseguindo identificar qual é facilitara a existência de uma comunicação satisfatória.

 

Comecemos pelas pessoas predominantemente auditivas. Estas dão muito valor à conversa, ao diálogo, gostam tanto de falar quanto de ouvir, de discutir relação, sentem a necessidade de um feedback nas relações interpessoais, de receber elogios, tem assuntos de sobra. Comumente usam palavras ligadas ao áudio como “escuta”, “se liga” e “ouça”. É característico ter postura descontraída, mantém um balanço corporal dando a impressão que tem uma música interna, o olhar é horizontal, na altura dos ouvidos. Quando a predominância do canal auditivo se excede a pessoa tem um diálogo interno muito intenso que lhe dispara fortes sensações fisiológicas, são preocupados, sofrem por antecipação, são agressivos com as palavras, precisam ser retroalimentados pelos outros, de motivação externa, ficam inseguros quando não recebem elogios, chegando a o pedir (mesmo que discretamente) aos outros, indagando sobre a opinião alheia acerca de si. Quando em equilíbrio, a pessoa sabe conversar bem, é incentivadora, agradável, acolhedora, tem uma voz confortadora e habilidades para lidar com pessoas.

 

Aqueles que são mais cinestésico dão importância ao contato, ao cheiro, ao gosto. Usam palavras que expressam sensações como ‘o assunto é pesado’, ‘frio na barriga’, ‘sinto gelo’. Falam pouco e baixo, não costumam agir rápido e tem um olhar mais voltado para baixo. Se permite sentir mais, nos relacionamentos precisam abraçar, ser tocado, tem como prazer ser estimulado sensitivamente. Quem é cinestésico em excesso tem uma tendência à apatia, porque mergulha muito em si mesmo, se sentem inseguros se não forem tocados e são contagiados emocionalmente pelos outros. Se em equilíbrio, são pessoas carinhosas, afetivas, acolhedoras, ‘relax’, gostam de receber visitas, cuidar das pessoas, fazer comida gostosa.

 

Já os que têm uma acentuação no canal visual, desejam organização em tudo, percebem a simetria das coisas. São usuais as expressões: ‘veja bem’, 'ideia brilhante’, ‘imagina’, ‘mostra’. A fala costuma ser mais rápida mantendo uma alta jactância de palavras, a respiração costuma ser curta e rápida, tendência a ter mão fria, uma postura ereta e um olhar pais elevado. Gostam de atividades que o estimulam visualmente, de ler, precisam de resultados visíveis, adoram espelhos, estão sempre preocupados com a própria imagem, não gostam muito de toque. Tem a necessidade de enxergar o outro numa conversa. Pessoas que entram no excesso visual tem pressa demasiada, são ansiosas, as vezes desagradáveis, tendem a julgar pela aparência. Quando esta em equilíbrio é organizada, faz as coisas com agilidade e com beleza.

 

Todos possuímos os três canais de comunicação, sendo que um deles predominará, e o que for menos usual será nosso sabotador. Este é qual devemos ficar atentos e trabalhar para desenvolvê-lo. Apenas calibrando os três sentidos seremos bons comunicadores. Além de perceber o nosso próprio canal para nos aprimorar é importante identificar o canal do interlocutor para conseguirmos nos comunicar de uma maneira que faça sentido a quem recebe a informação, utilizando-se das formas que ele capte com maior facilidade. Lembrando que comunicação não é a informação que transmitimos, mas sim a que a pessoa recebe

 

Psicóloga Katree Zuanazzi CRP 08/17070

 

Artigo publicado no Jornal de Notícias impresso “A Folha de Saltinho” no dia 20-04-2013.

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